terça-feira, 15 de novembro de 2011

Atividade 4 unidade 4- Relato de experiência

Falando no uso da tecnologia no desenvolvimento de currículo e suas contribuições, posso dizer que a experiência que vivencio no cotidiano é a de apresentar aos alunos da melhor forma possível os conceitos de cada ano/ modalidade, de forma interativa, isto é, procurando fazer com que façam parte da busca, da construção dos projetos de estudos, proporcionando a busca e a apropriação da informação e dos conhecimentos.
 Procuro fazer uso da música, da literatura, da poesia, dos filmes, das vivencias diárias de cada um, dos sites de busca e de informação, dos programas educacionais estratégias de aprendizagem. Com isso, os alunos participam ativamente, tem gosto pela aprendizagem, desafiam-se e me desafiam a trazer novidades, a se superarem, a descobrirem novas formas e fontes de conhecimento. Os projetos de ensino são mais ricos, vivos e interativos. Os alunos participam muito mais e aprendem muito. Aprendem a ser, a conviver, a aprender e a fazer, aprendizagens significativas e importantes a qualquer pessoa que deseja conhecer o mundo, as pessoas e tudo o que faz parte do seu cotidiano.
O trabalho  com projetos é a melhor forma de vislumbrar isso tudo, pois com a contribuição dos alunos, partimos do que sabem, do que pensam que sabem, para o que querem e precisam saber, elencando as estratégias, as formas, os meios para isso e forma de apresentação dos resultados. O aluno participa desde a elaboração do assunto a ser estudado, dos conceitos necessários a serem construídos até a formas de avaliação. Toda nova informação é compartilhada e analisada, torna-se ou não conhecimento. O aluno torna-se mais crítico. No entanto, ainda não são todos os professores que estão preparados para esse tipo de ensino. Há os que preferem as velhas metodologias de ensino, onde o aluno é o receptor, não fala somente aceita o que o livro didático traz. Professor, este, que não planeja, que pega o livro didático no inicio da aula e escolhe a página a ser realizada, sem análise nem por quê, que culpa o professor anterior por não ter feito nada, mas não assume o seu papel no processo educativo.
Desabafos a parte,  o uso das tecnologias, hoje, é essencial para o desenvolvimento de alunos criticos e da construção de currículos interativos, vivos, condizentes a realidade dos alunos. Currículos que desafiam, que levam a pensar e formular ideias, a saber se expressar, valorizando as diferentes formas de expressão e estimulando a criar formas variadas de dizer o que aprenderam.

slide share

Estou a mais de um mês tentando postar slide share, mas não consigo nem fazer o upload... para conseguir o embed e anexar o trabalho. Não sei se o problema é com meu anti vírus... já tentei na escola, na casa do meu irmão, com a ajuda da minha sobrinha... estou aguardando ajuda!!!! HHelp-me...

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Trabalhando com Webquest

No curso que realizo das TICs, aprendemos a utilizar a Webquest como uma forma de promover a pesquisa e a aprendizagem dos alunos. confesso que não foi fácil elaborar uma Webquest para o primeiro ano do ensino fundamental, em que os alunos ainda são muito dependentes na leitura e compreensão de enunciados e trabalhos. Mas foi muito interessante. É uma estratégia e uma ferramenta de trabalho muito dinâmica.

CONTEXTUALIZANDO A MUDANÇA: da teoria à prática

Acredito que ser professor realmente é muito mais que dar aulas, já que isso  é impossível. “Dar” é um verbo que pode ser aceito ou não. Por isso acredito na construção, onde a partir das inter-relações e interações com o grupo, entre os colegas, cada sujeito irá construir sua própria aprendizagem, compreendendo os temas e conteúdos apresentados a partir da sua realidade e das inter-relações que estabelece com o mundo e com a sua vivência.
Neste sentido, o diálogo é a melhor estratégia para perceber os interesses e desejos dos alunos. Quais suas curiosidades,  suas dúvidas, suas certezas e, também, suas necessidades. Assim, elaborar uma aula, um projeto ou um caminho a seguir torna a aprendizagem mais rica, mais interessante, mais concreta e mais real. Os assuntos ou os conteúdos ficam mais próximos dos alunos, fazendo com que se apropriem de conceitos com naturalidade, já que conseguem conceber do que se tratam.
Ouvir o aluno, seus anseios, suas dúvidas e suas necessidades não é perda de tempo. Além de desenvolver a oralidade, que é o primeiro passo para a produção escrita, ou seja, onde o aluno organiza suas ideias para falar e expressar suas opiniões sobre as situações do seu cotidiano, o diálogo promove a interação entre os sujeitos envolvidos no processo ensino-aprendizagem, bem como possibilita a troca de ideia e a reflexão sobre as diferentes concepções a respeito de um mesmo tema.
O uso de tecnologias e a discussão sobre elas e o seu uso na vida moderna é uma forma de começar. Não são somente as tecnologias,  como Pedro Demo afirma, o professor “é a tecnologia das tecnologias”, e deve procurar desafiar os alunos. É o desafio que move a aprendizagem. Por isso o uso das tecnologias se torna tão interessante ao aluno, é o desafio da conquista, da busca pela superação, da descoberta. O aluno, a criança ou o jovem quando utiliza a tecnologia, não tem medo de errar, de mexer, de ver e de descobrir novos caminhos e, assim, de aprender.
A tecnologia não oferece uma linearidade, os textos se apresentam em rede, com links que levam por caminhos inusitados. É isso que motiva a aprendizagem. Por isso o trabalho por projetos possibilita a construção de aprendizagens, pois o aluno torna-se o autor, o protagonista do processo ensino-aprendizagem. O trabalho por projetos instiga a pesquisa em diferentes tipos de fontes, humanas ou tecnológicas para se construir hipóteses e conceitos.
Mas isso tudo não é novidade. A teoria está posta há muito tempo, o texto de Pedro Demo é de 2008, e mesmo antes disso já havia a discussão do trabalho por projetos.
No entanto, o trabalho por projetos desafia o professor, mobiliza a comunidade escolar, mexe com situações cristalizadas na escola e no pensamento de muitos que não querem a mudança, pois como está é mais cômodo. Além disso, a metodologia por projetos necessita de tempo de planejamento e de busca de materiais, de literaturas, de recursos, de pesquisa, fato que para muitos professores ainda está muito longe da sua realidade por diversos fatores.
A falta de tempo instituído no espaço escolar; os professores tem o tempo preenchido com a docência, sem tempo previsto para o planejamento é dos motivos que desanima o uso de projetos. Mas há também outros motivos. A própria escola muitas vezes é muito tradicional e a metodologia muitas vezes não é bem vista, porque exige mudança em toda estrutura e nas pessoas. A acomodação também é um fator que não pode ser deixada de lado, pois é uma realidade, e, ainda, a falta de conhecimento do uso da tecnologia, este sim é um fator considerável.
Muitos professores não tem acesso a tecnologia, pois estão na profissão a tempo, e não conseguiram ter uma formação na área devido a jornadas de trabalho extensas e falta de recursos para se atualizarem.
A teoria ainda está longe da realidade, ou a realidade está longe da teoria? O fato é que a mudança na escola ainda é devagar. Os equipamentos, algumas vezes são disponibilizados, mas a falta de entendimento sobre o uso e as possibilidades de uso ainda estão bem presentes.
Enquanto isso, a escola perde espaço para a tecnologia que é mais atraente que o professor com o giz e o quadro. Tecnologia que faz do usuário autor, enquanto a escola, na maioria das vezes, não ouve seu aluno, suas ideias e continua passando informações e conhecimentos sem sentido e sem autoria.

Criando blog

Na última aula, no dia 10 de Agosto, aprendemos a criar e organizar um blog. Foi muito legal e apesar de parecer fácil, criar cada detalhe inserindo relógio, calendário contador de visitas... foi um trabalho demorado para quem é iniciante no uso das tecnologias. Abrir, escolher, colar, copiar inserir... nossa! São tantas informações que espero lembrar de todos os dados na próxima aula. Foi uma aula muito legal, porém, ainda tenho muito a aprender.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: A CONSTRUÇÃO DA LEITURA E DA ESCRITA (DE MUNDO) E O DEFICIENTE MENTAL



Alfabetizar letrando é o caminho para o ensino da leitura e da escrita, tanto para alunos sem deficiência quanto para alunos com deficiência mental. Ensinar a ler o mundo, a realidade precede a aprendizagem, e é tão importante quanto, da leitura e da escrita formal.

Pensar que a Pessoa com Deficiência Mental é incapaz de aprender a ler e a escrever é muito mais que um engano. É negar ao deficiente a oportunidade de se inserir num mundo letrado, de conhecer e poder fazer parte deste contexto. Além disso, é isentar-se da responsabilidade de ensinar o processo de leitura e de escrita, o que é muito cômodo, e  também é acreditar que todos aprendem da mesma forma, o que não é verdade.

Para a Pessoa com Deficiência Mental, os processos de alfabetização, de construção da leitura e da escrita percorrem processos semelhantes àqueles identificados em pessoas sem deficiência intelectual. Assim, no decorrer do processo de alfabetização e letramento verificam-se os mesmos níveis de construção da leitura e da escrita para alunos com e sem deficiência.

Mas para isso, é importante conhecer os diferentes métodos e metodologias que podem ajudar o professor  a compreender o seu aluno e  levá-lo a aprender a aprender, a ser, a conviver e a conhecer sobre os diferentes conhecimentos cultural e historicamente construídos pela humanidade. Conhecer para optar por métodos e metodologias que respeitem as diferenças, a diversidade, e as várias concepções e formas de construir conhecimentos.

O que é pertinente ressaltar, tanto na alfabetização de Deficientes Mentais quanto dos alunos sem deficiência é a forma, a metodologia utilizada para se conquistar os progressos e avanços na leitura e na escrita. No caso dos alunos que apresentam a dificuldade ou limitação intelectual, é fundamental se propor desafios e saber o momento em que a intervenção do professor deve acontecer para promover avanços. Neste ponto, faz-se necessário lembrar que os métodos tradicionais não atendem esta demanda por trabalharem basicamente com a memorização e não com a compreensão construção de conceitos.

A escola precisa fazer cumprir seu papel de ensinar e ir em busca de conhecer seus alunos e criar condições de aprendizagens. O ponto de partida para se ensinar, sem diferenciar o ensino para cada aluno, ou grupo de alunos, é entender que a diferenciação é feita pelo próprio aluno, ao aprender, e não pelo professor, ao ensinar. O sucesso da aprendizagem está em explorar talentos, atualizar possibilidades, desenvolver predisposições naturais de cada aluno. As dificuldades e limitações precisam ser reconhecidas, mas não conduzem nem restringem o processo de ensino, como a escola comum e, em muitos casos, também a escola especial, deixa que aconteça.

Parece redundante afirmar que a aprendizagem é um processo complexo e  individual. É por isso que não existem metodologias específicas para o deficiente mental, pois não existem parâmetros ou padrões que dizem de sua aprendizagem.

O aluno com deficiência mental pode ou não aprender a ler e escrever. É necessário oportunizar esta aprendizagem. É preciso considerar a diversidade no processo de alfabetização. É preciso aprender a ver além das aparências imediatas, que são, muitas vezes, ofuscantes e enganosas, e tomar a dificuldade pelo avesso, desenvolvendo um olhar que traduza uma compreensão mais atenta dos diferentes modos de aprender das crianças e, principalmente, observando mais de perto as que são consideradas, como aquelas que “não acompanham” a turma e “tomando” pela mão durante a produção de conhecimentos.

E é aí que entra a importância do ser letrado. Quando não for possível aprender a ler e escrever as letras, palavras e frases - alfabetização, o que a escola pode e deve fazer por esta pessoa/ aluno é no mínimo o letramento. O conhecimento de mundo, o desenvolvimento da autonomia e da independência precedem a escrita e a leitura formalizada pela instituição escolar.

Há casos em que embora se oportunize situações de alfabetização para a Pessoa com Deficiência Mental, isso não acontece. Então, ser e estar no mundo com independência, com cidadania, é fundamental a esta pessoa para que possa participar ativamente com os conhecimentos adquiridos de outras formas que não escrito.

Letrar é tornar a pessoa parte deste contexto letrado, em que, mesmo não lendo, a Pessoa com Deficiência Mental, saiba o que está acontecendo ao seu redor, e, com criticidade e responsabilidade, possa fazer parte e contribuir para mudar/melhorar a realidade, posicionando-se ativa e conscientemente.

Porém, isso não significa deixar de oportunizar a construção da leitura e da escrita convencional, mas, ao ter este conhecimento dos processos e possibilidades de aprendizagem da Pessoa com Deficiência Mental oportunizar formas e alternativas para que isso não seja um fator de exclusão social, pelo contrário, que seja uma diferença na forma de aprender sobre o mundo.

Há diferentes formas de ler e escrever cabe a escola Comum e Especial aprender e ensinar nas diferentes linguagens e formas de ser e de estar no mundo, sem discriminar, sem diferenciar, sem excluir ou desconsiderar a diferença, mas aprendendo na diversidade, aprendendo com as diferenças.

É importante ser alfabetizado, mas mais importante é ser sujeito e autor da própria história e da sociedade, assim sendo, é fundamental ser letrado.